Depois de recordar a mensagem de Paray-le-Monial, fonte da devoção ao Sagrado Coração, na primeira parte; depois de ter explicado o que é a consagração do Coração de Jesus, na segunda parte; vamos agora, vamos agora, nesta sétima etapa, como viver o processo de consagração propondo um procedimento simples.

Podemos vivenciar este passo sozinho, em família ou em grupo. É bom fazer numa Igreja na presença do Santíssimo Sacramento, se possível exposto.

1.Aqui está uma proposta de consagração simples:

– Aqueles que puderem e quiserem se ajoelhem.

– Invocar o Espírito Santo por uma oração ou um canto: Vinde Espírito Santo e enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e Tudo será criado e renovareis a face da Terre.  Oremos: Oh Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação por Cristo Senhor Nosso.  Amém.

– Se recolher em silêncio.

– Pronunciar lentamente e fervorosamente uma fórmula de consagração.  Há os de Santa Margarida Maria, aquela de São Claude, claro. Esta é a que nós rezamos habitualmente no Santuário de Paray.

Senhor Jesus, Tu que viestes para acender um fogo sobre a terra, eu me abandono hoje à vontade do Pai no sopro do Espírito Santo. Purifica meu coração, abrasa-o com amor e caridade. Fazei crescer em mim o desejo da santidade. Pelo Coração Imaculado de Maria, eu, … … … … … … … , me consagro inteiramente ao Teu Coração para te amar e te servir. Amém!

Na próxima etapa eu comentarei uma outra oração de consagração, aquela que foi escrita para o 350º ano do jubileu.

– a consagração da família pode acontecer na sequência. Ela é apresentada e explicada na nona etapa de nosso percurso.

– De novo, tomar alguns instantes de silêncio.

– É possível tomar um canto, por exemplo: Conheço um Coração tão manso humilde e sereno, que louva o Pai por revelar, seu Nome aos pequenos, que tem o dom de amar, e sabe perdoar, e deu a vida para nos salvar. Jesus manda teu Espírito para transformar meu coração. Jesus, manda teu Espírito para transformar meu coração.

– Se colocar entre as mãos de Maria para que seu Sim nos guarde fiéis ao nosso sim. Por exemplo, rezando uma Ave Maria ou outra bela oração mariana a qual nós somos apegados. Podemos também cantar o Totus tuus Maria. Gratia plena Dominus Tecum. Totus tuus, ora pro nobis, Maria, Maria. Ou ainda renovar nossa consagração a Maria segundo São Luis Maria Grignion de Montfort.

– Por fim, conclua este passo de consagração com um canto de ação de graças, por exemplo: Demos glória ao nosso Deus, Ele fez maravilhas! Está presente no meio de nós, Agora e para sempre. (Emanuel 16)

2. A que nos compromete a consagração ao Coração de Jesus?

Participar da missa dominical, não por medo, mas como uma obrigação de amor. E mergulhar no Coração de Jesus pode nos fazer também saborear a graça de ir à missa durante a semana de vez em quando.

Se comprometer a passar um tempo de coração a coração com o Senhor cotidianamente. Quando as circunstâncias permitem, é bom tomar este tempo na presença do Santíssimo Sacramento exposto.  Mas nós podemos também adorar o Senhor na sua Presença real, mesmo diante do tabernáculo fechado. E se as circunstâncias materiais não o permitirem de tomar este tempo na igreja, podemos tomar este tempo em nossa própria casa, utilizando um « canto de oração » preparado para isso.

Utilizar regularmente o Sacramento da Reconciliação.  Na sua preocupação, a Igreja nos diz que nós devemos nos confessar ao menos uma vez por ano nossas faltas graves. Pela consagração, nós entramos numa etapa mais intensa de vida cristã e é sugerido se confessar ao menos nas quatro grandes solenidades do ano litúrgico: Natal, Páscoa, Assunção e Festa de Todos os Santos.

A devoção às primeiras sextas-feiras do mês: a hora santa da véspera, a missa votiva do Sagrado Coração, adoração e talvez confissão no mesmo dia. A experiência mostra que esta prática, recomendada por Cristo à Margarida Maria na segunda grande aparição de 1674, na qual está anexada uma promessa para quem comunga de portar muitos frutos de conversão, cura e consolação no plano pastoral: « Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu Coração, que o seu amor Todo Poderoso concedido a todos aqueles que comungarem consecutivamente nove primeiras sextas feiras do mês a graça da penitência final. Não morrerão na minha desgraça e sem receber os Sacramentos e meu Divino Coração se tornará no último momento seu asilo garantido. » (Carta à Madre de Saumaise, 1688 ou 1689).

Na próxima etapa, eu vou ler e comentar a oração de consagração do Jubileu os 350 anos, que será uma maneira de retomar em forma de oração tudo o que foi dita em nosso percurso. Depois, nós veremos na quarta e última parte de nosso percurso como muitas iniciativas se desenvolveram após as Aparições de Paray para viver uma vida consagrada ao Coração de Jesus.